Crítica | Blade Runner 2049, traz uma sequência de dar orgulho ao seu original

Após 35 anos desde do primeiro filme Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982), o universo futurístico e pós apocalíptico de Blade Runner volta aos cinemas, nos trazendo toda a nostalgia de um dos maiores clássicos de ficção científica dos anos 80.
SEM SPOILERS 
Na trama de Blade Runner 2049, passado 30 anos desde do desaparecimento do Agente Deckard (Harrison Ford), uma nova espécie de replicantes é desenvolvida, gerando a questão até onde replicantes e humanos se diferenciam, trazendo para o Agente K (Ryan Gosling) a dúvida de sua existência, além de uma grande revelação que surge com a volta de Deckard, que pode desencadear grande guerra dos replicantes com os humanos. 
O longa Blade Runner é algo completamente diferente de qualquer outro filme do seu gênero, mesmo tendo o mundo incrível tecnológico, com vidas cibernéticas, arranhas-céus enormes e carros voadores, ele tem uma pegada mais dramática, de um universo mais complexo trazendo todo o peso de uma realidade fria, envolvida num mundo traumatizado. Mas isso não torna a trama em algo sem ação, ao contrário, a junção do drama com a ação, que o torna tão interessante deste de seu original.
E em falar de seu primeiro Blade Runner: O Caçador de Androides da década de 80 dirigido pelo consagrado diretor Ridley Scott, Blade Runner impressiona com tamanha visão futurística que ele possui, principalmente quando foi lançado na época ainda com poucos recursos de efeitos especiais que o filme exigia e por isso se tornou um grande clássico. E hoje em dia ainda não é diferente, Blade Runner 2049 veio ainda mais impressionante, com cenários, filmagens e fotografia impecável, de encher os olhos nas telonas.

Harrison Ford em Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982).
A trama segue exatamente a cronológica do tempo que passou do primeiro, o que aconteceu com o Agent Deckard depois de ter fugido com sua amada Rachael e as consequências dos acontecimentos da época com os replicantes. O filme não apenas trata certos momentos como homenagens, mas também como um aprendizado para seus herdeiros. 
Mesmo o elenco sendo praticamente todo novo, exceto por Ford, eles conseguiram entrar com tudo no universo Blade Runner. Ryan Gosling consegue interpretar um personagem com um mínimo de sentimentos possível, mas sem deixar a intensidade dos momentos conflitantes que o personagem passava por alguns momentos. Harrison Ford traz de volta o carisma e um vigor que vimos claramente que o ator adora voltar a interpretar seus personagens que mais marcaram em sua carreira como foi em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) e Star Wars: O Despertar da Força (2015). 

Ana de Armas como Joi. Fonte: Sony Pictures.
O elenco feminino com certeza também deve um grande destaque no filme, Ana de Armas que interpretou a Joi, apresentou a doçura, sendo o par romântico com o Agent K , trazendo algo muito similar ao clássico filme ‘Her’(2013). Sylvia Hoeks sendo a replicante Luv e a Robin Wright como a Tenente Joshi, trouxeram a força bruta a trama. Jared Leto como Wallace, por sua vez, entregou um personagem para um lado mais filosófico, mas também contento uma profundeza fria e cruel. 
Sylvia Hoeks como Luv e a Robin Wright como a Tenente Joshi. Fonte: Sony Pictures.
Jared Leto como Wallace. Fonte: Sony Pictures.
Mesmo que a trama tenha dito alguns momentos arrastados ao longo dos seus 2h45 minutos, ele entrega o necessário. Não afirmo com você consegue assisti-lo e principalmente entendê-lo bem sem ter visto o primeiro, mas se você for um bom captador em questão do contexto das tramas dos filmes, poderá entender mesmo não ter visto o anterior. Mas aconselho tanto antes como depois de assistir ao filme, assista ao Blade Runner: O Caçador de Andróides, assim captaram muito melhor todos os elementos tratados no filme.
O diretor Villeneuve com a intercessão de Ridley Scott como produtor, não apenas consegue trazer uma sequência incrível do anterior, como também respeitosamente traz honras a franquia.
Nota:



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